Impact HUB, o primeiro coworking do Brasil

Colocar no mesmo espaço empreendedores da periferia que queriam mudar o mundo e também executivos de grandes empresas com perfil empreendedor a fim de fazer a diferença foi o que motivou Henrique Bussacos a criar o Impact HUB São Paulo.

Quando ele iniciou, em 2007, junto com o amigo Pablo Handl, o HUB era ainda o segundo no mundo –hoje são quase 60. Eles começaram o projeto logo depois do lançamento do espaço em Londres.

Um dos espaços do Impact Hub São Paulo, criado por Henrique Bussacos e Pablo Handl

“Eu estava lá na Europa em 2006 quando vi uma cena que me marcou. Um banqueiro gestor de fundos, que mais parecia um lord inglês, conversava com um designer de linguagem que vestia roupas largas e estava com uma cara de quem tinha acabado de acordar”, conta Bussacos. “O potencial de criar espaços como esse onde as pessoas pudessem se conectar de outra forma foi o que me atraiu.”

No começo, Bussacos conta que tomaram mais de 300 cafezinhos para conhecer pessoas. A pergunta que sempre faziam nessas conversas era: quem te inspira? Com isso chegava em mais pessoas que estavam fazendo coisas interessantes em São Paulo. Foi assim que criaram um grupo que depois ajudou a financiar o empreendimento.

Com a definição de uma rede de espaços, ideias e pessoas empreendedoras que querem mudar radicalmente o mundo, com ousadia para pensar grande e promover mudanças significativas na sociedade, seja por meio de negócios ou organizações sociais, o Impact HUB é um dos polos nacionais que fomenta o ecossistema de inovação social.

A partir de relações criadas ali, nasceram empresas como a Vox Capital, Aoka e Carbono Corrier.

São Paulo já conta com dois espaços físicos e no Brasil há mais três, em Belo Horizonte, Curitiba e Recife.

Hoje, em torno de 100 pessoas utilizam o Impact HUB na capital paulista para fazer seus negócios. Segundo Bussacos, a rotatividade é grande porque os empreendimentos crescem e precisam mudar de lugar.

“Agora que o ecossistema já está criado, estamos em busca de uma nova versão para o HUB que utilize melhor os insumos desse novo contexto”, comenta.

Por Tatiane Ribeiro