Adolescentes brasileiras criam projeto em saúde e irão a NY

Três estudantes brasileiras de 16 anos desenvolveram um projeto com o intuito de auxiliar outros adolescentes e alertar a sociedade sobre os perigos de padrões sociais que podem prejudicar a formação da identidade juvenil. O trabalho foi selecionado entre outros milhares para ser apresentado em uma competição internacional que acontece em Nova York.

Adolescentes de 16 anos criam projeto em saúde mental e irão a Nova York representar o Brasil

As alunas se inspiraram por situações que elas próprias ou seus colegas vivenciaram. A hipótese do estudo, que vem sendo confirmada por meio de pesquisas, é a de que o estilo de vida atual pode acarretar problemas de saúde mental em jovens.

A competição da qual participarão é a Genius Olympiad, que acontece entre os próximos dias 11 e 16. Além de ser escolhido para esse torneio, o projeto foi o quarto colocado na categoria ciências sociais, comportamento e arte na Mostratec 2017 (Mostra Internacional de Ciências e Engenharia).

Alessandra Hister Portinari Maranca, Catharina Faria de Morais e Maria Clara Batista Nascentes frequentam o segundo ano do ensino médio do colégio Dante Alighieri e vêm se dedicando ao projeto “O bem-estar do jovem: a busca pela saúde mental a partir da construção de identidade autêntica” há três anos. A partir de um programa de iniciação científica da escola, elas começaram a pesquisar no nono ano.

Origem

“Tudo começou quando tentamos entender por que nossos amigos falavam com frequência como estavam tristes”, explica Maranca. “Queríamos entender porque as pessoas estavam se vendo dessa maneira.”

Adolescentes de 16 anos criam projeto em saúde mental e irão a Nova York representar o Brasil

Para desenvolver o projeto, elas estudaram psicologia, saúde mental, temas psicossociais e filosofia. Chegaram à conclusão de que o estilo de vida social atual –chamado no estudo de pós-modernidade–, amplamente ligado à internet e com altos padrões de exigência do indivíduo, influencia negativamente a formação de identidade dos jovens atualmente, afetando profundamente sua saúde mental.

As jovens elaboraram um questionário usando protocolos da literatura da medicina. Foram abordados critérios como corpo, popularidade, competência escolar, aparência e consumo. Até agora, foram feitas pesquisas em três outras escolas, mas a ideia do trio é expandir o trabalho e espalhar a conscientização sobre o tema.