Empresária dá bolo a moradores de rua que passam em sua loja

Ato de empresária é considerado exemplar pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação

A jornalista Nalu Saad abriu uma loja em Belo Horizonte há um ano e meio. Essa seria uma história comum se não fosse o fato de seu primeiro “cliente” ter sido um morador de rua pedindo um pedaço de bolo vendido no local.

Empresária entrega bolo para moradores de rua que passam em sua loja, em Belo Horizonte

Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.

Bolo Doce Bolo, nome da loja, é uma referência à frase “lar, doce lar”. Apesar do medo em relação ao futuro de seu novo negócio, Saad recebeu o sem-teto, que pediu um café e a chamou de “irmã”. Naquele momento, ela decidiu que nunca deixaria ninguém que lá entrasse ficar sem comida, de acordo com informações do site Razões para Acreditar.

“Hoje temos o que chamamos de bolo dos irmãos. Fica guardado na linha de produção. Se acaba, fatio outro. Tem dia que tenho sobras de bolos inteiros do dia anterior, excelentes até para vender, mas não vendemos bolo do dia anterior. Aí repasso o bolo inteiro”, conta. “Não abrimos no domingo, então garantimos algum bolo por dois dias para eles, e tem também os garis, que passam todos os sábados.”

Ela conta que, certa vez, um cliente resolveu comprar dois pedaços e dar para um sem-teto que aguardava do lado de fora. Nalu chegou a dizer que ela mesma costumava fazer isso, mas ele contou que já havia passado fome e que também gostaria de ajudar.

Empresária entrega bolo para moradores de rua que passam em sua loja, em Belo Horizonte

Alguns moradores de rua passam somente para encher garrafas com água gelada: “Tem um que vem buscar água com uma garrafa pet, chega com a garrafa suja e a gente sempre lava bem e separa uma água bem gelada, porque ele já disse que gosta de água gelada”, lembra. “A maioria prefere café puro, mas se alguém pedir leite, nós também servimos”. A empresária afirma que o que ela faz é o mínimo que todo mundo pode fazer e que procura ajudar quem precisa da melhor maneira que pode.

Leia a reportagem completa no Razões para Acreditar