Senegalesa quer ensinar programação a 1 milhão de garotas

A senegalesa Mariéme Jamme tem uma história incrível de superação e, hoje, está à frente do I Am the Code, projeto que pretende ensinar programação a 1 milhão de meninas até 2030.

Com projeto, senegalesa Mariéme Jamme quer ensinar programação a 1 milhão de garotas

De acordo com informações da revista “Trip”, ela foi abandonada pela mãe quando tinha 5 anos. Frequentou ao menos 28 orfanatos do país africano antes de ser separada de seu irmão gêmeo e traficada para a França, aos 14 anos.

Na Europa, sofreu abuso sexual algumas vezes e viveu nas ruas.  “Minha casa eram as estações de trem e de metrô”, contou. Não sabia ler ou escrever, mas tinha fé e acreditava que as coisas melhorariam.

Levada a um centro de refugiados aos 16 anos, aprendeu a ler e escrever e se apaixonou pelos livros. Beneficiada por um programa, foi estudar inglês na Inglaterra aos 19 anos. Trabalhava como faxineira e cozinheira, mas, nas horas livres, lia e estudava programas como Excel. Sempre gostou de números.

Certo dia, foi admitida em um pequeno banco perto de Londres, onde acabou ficando por dois anos –até receber um convite do HSBC para a mesma função, onde ficou por nove meses e chamou a atenção de sua chefia pela sua competência. Recebeu uma comissão e foi trabalhar na Oracle. Saiu, fundou uma empresa de software, casou-se e, em 2001, teve um filho.

Atualmente separada, Jamme decidiu se dedicar a salvar a vida de meninas e de mulheres. Há uma década, transformou sua empresa em uma cooperativa e deu início ao movimento I Am the Code.

Com projeto, senegalesa Mariéme Jamme quer ensinar programação a 1 milhão de garotas

“Aprendi a programar sozinha, de C++ a Python, então quero dar poder às gerações futuras com o conhecimento da tecnologia”, explicou. Recentemente, o projeto foi endossado pela ONU, de quem a senegalesa ganhou o título de embaixadora de tecnologia.

Um dos itens que ela criou é um kit básico e simples que ensina meninas a programarem em até cinco minutos.

Leia a reportagem completa na “Trip