Estudo mostra onde estão os ‘Einsteins perdidos’ dos EUA

O professor Raj Chetty, de Stanford, que colabora com o projeto Equality of Opportunity, teve acesso a milhões de registros fiscais anônimos, junto com seus colegas. Os dados acabaram de  ser apresentados em um artigo que mostra onde estão os “Einsteins perdidos” dos Estados Unidos.

Patentes concedidas por 1.000 crianças nascidas entre 1980 e 1984 nos EUA

A conclusão é que muitas inovações foram perdidas devido à extrema desigualdade, segundo David Leonhardt, do The New York Times. Essa desigualdade também fica evidente quando se compara o norte (mais inovações) com o sul (menos ocorrências) dos Estados Unidos.

A expressão-chave no relatório é “Einsteins perdidos” –uma referência a pessoas que poderiam “ter feito inovações altamente impactantes” se tivessem sido capazes de buscar as oportunidades que mereciam, escrevem os autores. Ninguém sabe exatamente quem são os Einsteins perdidos, é claro, mas há poucas dúvidas de que eles existem.

Os pesquisadores trabalharam com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos para vincular os registros fiscais a registros de patentes. Isso permitiu que estudassem os antecedentes dos detentores de patentes. Eles também conseguiram vincular esses registros aos resultados dos exames da escola primária para alguns detentores de patentes.

Estudante participa de aula de matemática

Não surpreendentemente, as crianças que se destacaram em matemática eram muito mais propensas a se tornar inventoras. Mas isso não foi suficiente. Somente quem também veio de famílias de alta renda tiveram uma chance decente de se tornar um inventor.

A conclusão do estudo é que mulheres, afro-americanos, latinos, sulistas e crianças de baixa e média renda são muito menos propensos a crescer para se tornar proprietários de patentes e inventores.  Esses grupos, juntos, compõem a maioria da população do país.

“Essas diferenças não parecem ser devido à capacidade inata de inovar”, disse Chetty. Ou seja, os dados confirmam que a criatividade é amplamente distribuída, mas não as oportunidades.

Leia a reportagem completa no The New York Times