Museu mostra mudanças climáticas por imagens de satélite

Uma coisa é falar sobre as mudanças climáticas em aulas e palestras. Outra é observar o antes e depois a partir de imagens. Este é o poder de uma nova exposição na Dinamarca, que utiliza fotos de satélites do Google Earth para mostrar as respectivas mudanças em locais espalhados pelo mundo como, por exemplo, o Mar de Aral, na Ásia Central, que já foi considerado um dos maiores lagos da Terra mas, atualmente, secou.

A exposição, que abriu no último dia 20, no Danish Architecture Centre, em Copenhague, tem por objetivo conscientizar os visitantes. As imagens mostram a visão de um determinado lugar, como o porto de Cingapura, que recebe 100 mil contêineres por dia ou jardins suspensos em Havana, na Cuba, uma cidade que cresce 90% de sua produção dentro de suas fronteiras.

A área mais ocupada do mundo, no México

Na floresta tropical brasileira, o Google Earth arquivou imagens de satélite a partir de 1975, quando o desmatamento estava apenas começando. Nas próximas imagens, a partir de 2008, a terra é coberta com enormes fazendas de gados e plantações de sojas. Na última década, o Brasil perdeu uma área floresta do tamanho do Colorado, nos Estados Unidos, a cada ano.

Em um bairro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, uma imagem de 2003 mostra grandes trechos de áreas vazias. Nas próximas imagens, a terra foi quase totalmente coberta com estradas e arranha-céus.

Em vez de pendurar as fotos nas paredes, a exposição acende cada imagem no chão em um quarto escuro, para que os visitantes possam vê-los de cima. Cada foto é emparelhada com fatos.