Ator arrecada mais de R$ 2 mi para refugiados após ato racista

O ator norte-americano Kal Penn, conhecido por seu papel como o Dr. Lawrence Kutner, na série “House”, transformou um ato de ódio em amor –e em mais de R$ 2 milhões.

Tudo começou quando Kal, que é filho de indianos, recebeu um comentário xenófobo após compartilhar no Instagram uma mensagem de um amigo falando sobre a história de um refugiado iraquiano que tinha sido impedido de entrar nos EUA.

O ator Kal Penn em cena do seriado “House”

O caso ocorreu um dia após o presidente Donald Trump assinar um decreto que interrompeu o programa de refugiados e proibiu a entrada nos Estados Unidos de pessoas de sete países muçulmanos –Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria, Iêmen e Sudão.

Na mensagem, Kal escreveu: “‪Meu amigo Mike acabou de mandar esses textos de quebrar o coração sobre o amigo dele refugiado. Famílias estão sendo destruídas. Que vergonha de nós. Isso é não ser americano. O que Donald Trump e o Partido Republicano estão fazendo é totalmente não americano”.

Logo depois o ator recebeu o seguinte comentário racista: “você não pertence a esse país. Seu palhaço do caramba”.

Kan, que deixou o seriado em 2009 para ser diretor do Departamento de Relações Públicas da Presidência, na gestão Obama, encontrou uma forma reverter todo esse ódio em uma ação do bem. O ator criou uma campanha de financiamento coletivo em nome do usuário para arrecadar fundos para os refugiados sírios.

“Ao cara que disse que eu não pertenço à América, criei um fundo destinado a refugiados sírios com o seu nome”, escreveu o ator. O objetivo era arrecadar US$ 30 mil (cerca de R$ 95 mil), mas a campanha foi um sucesso que em quatro dias foram angariados mais de US$ 810 mil (mais de R$ 2, 5 milhões).

Na descrição da campanha o ator escreveu: “Somos melhores do que as pessoas raivosas que dizem que não pertencemos ao nosso país, que a América não pode ser um símbolo de liberdade e esperança para refugiados de todo o mundo. Vamos transformar a sua intolerância, juntamente com a do presidente [Donald Trump] em amor”.