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Clube torna sócios consumidores e produtores de orgânicos

O conceito de CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) já é uma realidade há muitos e muitos anos mundo afora, mas no Brasil são poucas as iniciativas que se transformam em um modelo de negócios viável. Cansados de vender produtos que nem eles mesmo comprariam, dois publicitários cariocas tiveram a ideia de criar o Clube Orgânico, que transforma em sócios consumidores e pequenos produtores do campo.

A cesta semanal custa de R$ 99 (7 itens de legumes/verduras) a R$ 198 (5 kg de frutas)
A cesta semanal custa de R$ 99 (7 itens de legumes/verduras) a R$ 198 (5 kg de frutas)

Amigos de infância, Eduardo Boorhem, 29 anos, e Victor Piranda, 30 anos, sentiram na pele a dificuldade em encontrar alimentos orgânicos a preços acessíveis. E também de saber a origem do que estavam consumindo. Partiram literalmente para um trabalho de campo, onde por seis meses visitaram pequenos produtores da região serrana do Rio, e inscreveram-se no programa de aceleração de startups Shell Iniciativa Jovem.

Foram selecionados entre os 2.000 inscritos, ficaram em segundo lugar entre 80 acelerados, e o protótipo do modelo nasceu em agosto de 2014, a partir de um financiamento coletivo de R$ 20 mil de amigos e parentes. Nele, o consumidor escolhe um tipo de cesta semanal _ 7 itens de legumes/verduras (R$ 99/R$ 119) ou 14 itens de legumes/verduras (R$ 159/R$ 179) e/ou 3 kg de frutas (R$ 130) ou 5 kg (R$ 198) de frutas _ e se quer receber em casa ou retirar na distribuição. Recentemente, foram incluídas também opções de ovos, mercearia e snacks.

Os publicitários Eduardo Boorhem, 29 anos, e Victor Piranda, 30 anos, fundadores do Clube Orgânico

Em 2015, a Clube Orgânico chegava ao mercado carioca com um investimento-anjo de R$ 250 mil. Hoje, são 200 consumidores e cinco produtores associados, e o faturamento é de R$ 50 mil mensais.

E querem expandir. Ainda não de cidade, mas sim no portfólio de outros alimentos que também considerem a sustentabilidade ambiental, social e econômica. “Ainda temos muito a aprender aqui no Rio de Janeiro”, diz.

Com um tíquete médio de R$ 270, Eduardo diz que, atualmente, seu associado é predominantemente mulher, chefe de família e na faixa de 30 a 40 anos de idade (80%). Consomem a cesta menor, entregue em casa. “Assim como o conforto e a comodidade de receber toda semana o produto em casa, são consumidores que compram com o sentimento de que estão fazendo o bem _ para a saúde delas, para o planeta ou para o agricultor.”

Por QSocial