Designers criam composteira de mesa que vira vaso de plantas

A ideia era tornar a compostagem algo tão simples que pudesse realmente ser incorporada ao dia a dia das pessoas. E deu certo. A alguns dias de encerrar uma campanha de financiamento coletivo, o protótipo de uma composteira de mesa que vira vaso de plantas já arrecadou US$ 57 mil dos US$ 30 mil necessários para iniciar a produção, prevista para chegar aos apoiadores em fevereiro de 2017.

A Biovessel “foi criada para mudar a forma como é tratado o desperdício de alimentos em cozinhas urbanas”, explicam os designers. Para isso, eles deixaram visível todo o sistema de decomposição natural. E propõe usar um dos compartimentos para cultivar alguma planta, já que o solo é rico em nutrientes.

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O equipamento não tem nenhuma tecnologia avançada. Assim como nas composteiras tradicionais, todo o processo é feito pela natureza: o solo, a água, a luz e as minhocas, em conjunto, trabalham para decompor a matéria orgânica gradualmente ao longo do tempo _entre 36 horas e 72 horas, em média.

Ele é dividido em três compartimentos, que são conectados internamente para otimizar a eficiência da decomposição biológica em toda a extensão. O solo e as minhocas ficam espalhados por todo o fundo do recipiente. Uma das partes é usada apenas para acrescentar água, enquanto na outra ponta são dispostos os resíduos orgânicos. E entre eles está uma passagem usada para monitorar o processo.

Segundo os designers, a Biovessel, que foi desenvolvida na China, é resultado de dados recolhidos e compilados a partir de mais de 20 meses de pesquisa biológica, experimentos e observações sobre o processo de decomposição de resíduos alimentares. As informações documentadas a partir dessas observações e experimentos foram então traduzidas em dados quantitativos e parametrizaram a ergonomia.

O tamanho das tampas de madeira da composteira é um dos exemplos. “Os furos de ventilação na parte superior imitam os padrões de espirais de sementes de girassol, usando a proporção áurea e permeabilidade ao ar como parâmetros. A posição mais adequada e a densidade para as aberturas delas são determinadas pela análise de parâmetros aerodinâmicos”, pontuam os designers.

“A perda de alimentos e resíduos ocupam uma parte substancial dos recursos, incluindo água, terra, energia, trabalho e capital, e desnecessariamente produzem emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para aquecimento global e mudanças climáticas”, avaliam.

Ter uma compoteira caseira é um ótimo jeito de reduzir a quantidade de lixo que iria para os aterros e também uma forma de mudar a relação das pessoas com o lixo que elas geram. A Biovessel, pelo Kickstarter, custa a partir de US$ 159, segundo o site, US$ 40 a menos do que a previsão de quando chegar ao mercado.

Por QSocial