Maratonista lança projeto em prol da doação de medula óssea

Correr sete maratonas em sete continentes durante sete dias consecutivos, do frio da Antártida (-30ºC) ao calor de Dubai (40ºC). Essa foi apenas uma das aventuras encaradas pelo maratonista curitibano Marcelo Alves, que se especializou em desafiar limites e superar obstáculos intransponíveis para grande parcela da humanidade.

Entre as façanhas de Marcelo está a maratona no temido Everest, cuja largada acontece a 6 mil metros de altitude. “Foram dez dias na região para um período de adaptação que resultou na perda de 10 kg antes da prova”, conta.

Marcelo durante maratona na Antártida

Mas para Marcelo, suas provas não chegam nem perto da luta pela vida travada por pessoas em tratamento de leucemia e outras doenças sanguíneas.

Marcelo passou a viajar o mundo destacando importância da causa da medula óssea. “Quinze dias antes da minha primeira maratona extrema na Antártida, assisti o vídeo de uma campanha linda do Hospital Nossa Senhora das Graças. Fui buscar informações e descobri que além de doar medula eu poderia ajudar na divulgação da causa, uma vez que as provas que eu participo têm cobertura internacional, e quando você faz a doação, o banco de medula é global”, comenta Marcelo.

Em cada prova, Marcela faz questão de divulgar a importância da doação de medula óssea

‘The Hardest Run’

Agora, Marcelo parte para mais um capítulo incrível dessa história, lançando o movimento ‘The Hardest Run’, idealizado em parceria com o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba.

A ideia do movimento é reunir corredores profissionais e amadores em uma equipe internacional de doadores.

“Queremos encorajar a classe de corredores para formarmos uma equipe para a prova mais difícil que eles já enfrentaram: a luta pela vida”, diz.

Marcelo completa maratona no Polo Norte

Para participar da equipe The Hardest Run, os atletas terão que se cadastrar no site do movimento (www.thehardestrun.com.br.br). Na sequência, começarão a ser convidados para espalhar a mensagem sobre a importância da atualização do cadastro de doador.

Os participantes poderão, também, doar plaquetas e leucócitos para pacientes que estão esperando um transplante de medula e em tratamento de doenças de sangue.

Para completar, a equipe vai incentivar os corredores a se cadastrarem como doadores de medula óssea. Todos os atletas da “Hardest Run” receberão um número exclusivo, que poderá ser utilizado em suas corridas pelo mundo.

O lançamento oficial da rede será no dia 16 de novembro durante a Volcano Marathon, uma das maratonas mais difíceis do mundo, que será disputada no deserto do Atacama, no Chile.