Arquiteto espanhol tem plano de moradia social para o Brasil

Ação é considerada exemplar pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação

O arquiteto e urbanista espanhol Jordi Sánchez-Cuenca Alomar mora no Brasil há três anos e, desde então, vem se surpreendendo com as condições precárias de moradia no país. Experiente em iniciativas sociais, ele pensou em uma maneira de melhorar a situação.

Arquiteto espanhol tem plano de moradia social para o Brasil; acima, alguns de seus projetos

Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar quem mora no Brasil a também ser parte das soluções, e não do problema.

Por mais de dez anos, Alomar viveu fora de seu país e trabalhou com a ONU levando água e saneamento a comunidades, reconstruindo vilas destruídas pelo tsunami e construindo moradias.

No Brasil, ele pretende fazer uso da lei federal 11.888, de 2008, que assegura a famílias de baixa renda assistência para reformar suas casas. “Este direito chama-se Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS)”, explica o espanhol. “Porém, são muito escassos os profissionais que trabalham com assistência técnica.”

Então, ele idealizou uma empresa social para promover assistência técnica a famílias de baixa renda, combinada com formação profissional por meio de oficinas de melhoria habitacional e do espaço público.

Arquiteto e urbanista Jordi Sánchez-Cuenca Alomar tem plano de moradia social para o Brasil

O projeto foi selecionado para integrar uma imersão no Rio de Janeiro com o MIT (Massachusetts Institute of Technology). Trata-se do workshop Innovation and Entrepreneurship Bootcamp, que acontece em diferentes lugares do mundo. Essa edição será realizada de 28 de julho a 3 de agosto.

Na ocasião, empreendedores de todo o mundo desenvolverão seus projetos sociais orientados por uma equipe. Alomar pretende viabilizar seu projeto a partir da participação no evento. Para isso, abriu uma campanha de arrecadação de fundos. No link da campanha, também é possível conhecer a trajetória do arquiteto, que atualmente vive em Florianópolis e é doutorando da Universidade Federal de Santa Catarina.