Paulista ganha 1º telhado verde sustentável; veja fotos

Um fragmento de floresta de mata Atlântica com 130 árvores nativas da cidade de São Paulo, que chegarão a 4 metros de altura, como o jacarandá bico-de-pato e a embaúba; uma área de campo cerrado, resgatando espécies em extinção, entre elas a língua-de-tucano o e araçá-do-campo; e um pomar recheado com uvaias e cabeludinhas. Tudo isso numa área de 700 m² na cobertura do Edifício Gazeta (1966), sede da Fundação Cásper Líbero, na avenida Paulista, 900.

O projeto paisagístico –executado sobre um tapete de terra de 7 cm a 20 cm de espessura e utilizando apenas 60 kg de substrato por m²– traz uma tecnologia japonesa inovadora e premiada pela ONU que não usa plásticos nem caixas, responsáveis por 40% da pegada ecológica dos tradicionais jardins sobre lajes.

“A proposta é trazer para o alto dos prédios não somente uma vegetação, mas aquela mais próxima da original existente antes da construção da cidade, de forma a resgatar plantas em extinção e reequilibrar o meio ambiente urbano”, explica o autor do projeto, o botânico Ricardo Henrique Cardim, da Sky Garden, também responsável pelo Blog Árvores de São Paulo.

Tendência na Alemanha, onde 8% dos telhados já são verdes, Cardim diz que no Brasil os sustentáveis ainda são poucos –35–, mas chegam com um diferencial. “Resgatam nosso maior patrimônio natural, a biodiversidade nativa”, explica. “Os passarinhos vão levar as sementes para outros pontos da cidade e trazer de volta a vegetação nativa dessa região, preservada apenas nos parques Trianon e Mario Covas.”

Na avenida Paulista, o telhado verde vai ajudar na redução do calor (uma média de 18 graus a menos na laje), do barulho e da poeira, além de melhorar a umidade do ar, enumera o botânico. E será uma praça suspensa para convívio de alunos, professores e funcionários da primeira escola superior de jornalismo do Brasil.

Para saber mais sobre a tecnologia dos telhados verdes sustentáveis, assista ao vídeo

Por QSocial