Com pâncreas artificial, diabéticos podem dispensar as agulhas

À medida que os cientistas estão se empenhando para descobrir formas de melhorar o corpo humano através de órgãos bioartificiais, um dos primeiros avanços é susceptível de ser o pâncreas, que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em parceria com a empresa Ramat Gan Biotech.

A diabetes, uma doença na qual o organismo é incapaz de regular os seus níveis de açúcar no sangue, está crescendo em proporções epidêmicas. Em 2035, quase 600 milhões de pessoas terão algum tipo de diabetes, seja do tipo 1, anteriormente conhecida como diabetes juvenil, em que as pessoas nascem com a condição de não produzir a insulina necessária para regular a glicose no sangue, ou diabetes tipo 2, adquirida, que geralmente se desenvolve em pacientes com problemas de peso.

“O biopâncreas projetado pode ser implantado em praticamente qualquer lugar no corpo. Sendo assim, pode secretar a insulina que o corpo precisa de uma forma regulamentada e distribuí-la diretamente para a corrente sanguínea, eliminando assim a necessidade de medição de glicose e as tentativas de regular seus níveis com injeções de insulina”, diz Eduardo Mitrani, que liderou a pesquisa.

Diabéticos, e as pessoas que vivem e trabalham com esta doença, estão muito familiarizados com a rotina. O paciente deve, em vários momentos do dia, utilizar um glicosímetro para identificar o nível de glicose na corrente sanguínea.

Alguns pesquisadores têm tentado superar esses problemas através do transplante de células beta pancreáticas do próprio corpo na expectativa de que elas serão capazes de impulsionar o melhor funcionamento órgão em pacientes com casos extremos de diabetes.

O micro pâncreas baseia-se na premissa de que, para que as células beta funcionem corretamente, é necessário proporcionar um tecido conjuntivo apropriado que garanta a sobrevivência a

A tecnologia está sendo testada em vários estudos em Israel, e a empresa está aumentando o capital para novos testes e aprovação pelo FDA, e seu homólogo canadense Health Canada, a fim de iniciar os ensaios clínicos nos EUA e no Canadá. Se tudo correr bem, um pâncreas artificial possivelmente estará no mercado dentro de cinco anos.

Com informações do “The Times of Israel