Empreendedor social usa criatividade para combater pobreza

O empreendedor social Maurice Lim Miller, 68 anos, hoje é o CEO da organização sem fins lucrativos FII (Iniciativa para a Independência das Famílias) e membro do Conselho da Casa Branca para Soluções Comunitárias, mas sua infância foi dura.

Ele cresceu na região de São Francisco, nos EUA, com seu irmão e sua mãe, uma imigrante mexicana. A família era pobre, e a mãe teve de trabalhar pesado para dar segurança e um futuro aos filhos _quando ela morreu, Maurice tinha 20 anos e estava cursando engenharia na prestigiada UC Berkeley.

A carreira de Maurice foi sendo direcionada para as questões da pobreza ainda na faculdade. Depois, trabalhou em serviços sociais por 20 anos, até que foi desafiado pelo prefeito de Oakland, na Califórnia, a criar algo novo, que assegurasse postos de trabalho e segurança a famílias de baixa renda.

Após estudar sua própria história e a de outras famílias que saíram da pobreza rumo à classe média, ele percebeu que o ponto em comum era que essas pessoas se voltaram para a família e os amigos, juntaram os recursos e seguiram o exemplo daqueles que tinham conseguido algum sucesso.

Com base nessas informações, em 2001 ele criou a FII e uma nova abordagem para combater a pobreza, permitindo às famílias se organizarem sozinhas, apoiando-se umas nas outras para ganhar independência e confiança e se tornarem consumidoras ativas de serviços sociais, e não apenas beneficiárias passivas.

Segundo a metodologia da organização, isso acontece quando essas pessoas têm conexões, escolha e capital. “O que a FII tem encontrado ao longo dos últimos 13 anos é que, em lugares onde nós vemos mais necessidades, encontramos também as ideias mais inovadoras para a sobrevivência e até mesmo progresso”, afirmou Maurice em artigo ao “Huffington Post Impact”.

“Quando vemos o que eles fazem [percebemos que], sim, nós e outras pessoas realmente devemos investir nisso.”

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.