Produtora lança filmes produzidos em rede
Deixar de sonhar sozinho para sonhar em conjunto e assim tornar desejos em realidade foi o que motivou a cineasta Stephanie Belot Habib, 25, da Araruna Filmes a empreender em rede. A produtora que recebe o nome de “arara azul”, em tupi, criada em 2012, reformulou o plano de negócio no ano passado e passou a direcionar o foco para a produção de conteúdo ligado a sustentabilidade.
Diferente das estruturas tradicionais empresariais, a Araruna foi formulada no modelo de rede distribuída, o que significa estabelecer relações horizontais com os stakeholders (cliente e coworkers).
“Gostamos de dizer que trabalhamos no formato toroidal, o modelo geométrico fundamental, base de todas as formas existentes e adaptável a qualquer superfície e formato”, diz Habib. “Para nós a questão principal sempre foi ‘como fazer’ e o cinema é a arte da co-criação”.
Para a cineasta que estudou em Los Angeles, o êxito no empreendedorismo em rede está atrelado a sabedoria na escolha de qual modelo de interações em rede –descentralizado, centralizada ou distribuído– utilizar, em conformidade com cada situação.
“Por exemplo, a criação acontece em rede distribuída, mas a síntese, a concretização do sonho, acontece na transação entre o modelo centralizado e descentralizado”, explica.
A Araruna Filmes está com alguns curtas metragens em festivais. Recentemente produziram um filme com Matheus Nashtergaele e Paulo Miklos, baseado em uma tirinha de Caco Galhardo chamada “Quando Parei de me Preocupar com Canalhas”, que critica a corrupção política de uma forma sarcástica e divertida.