Veja a solução que Amsterdã encontrou para despoluir rio

Águas poluídas, com aspecto marrom e carregadas de metais pesados e manchas de óleo, dificilmente existe uma solução para limpá-las. Caídas no esquecimento dos governos rios, lagos e mares nestas condições, geralmente, acabam sendo um grande pesadelo para a população.

Isso é o que aconteceu com De Ceuvel, um antigo estaleiro contaminado em Amsterdã (Holanda), em que o governo municipal desistiu de limpá-lo em 2012. O local foi praticamente ‘leiloado’ — quem tinha um plano de 10 anos que encontrasse uma solução, poderia tê-lo.

Para Sascha Glasl, co-fundador do projeto de design e arquitetura Space & Matter, o estaleiro poluído soou como uma grande oportunidade. Ele criou uma forma barata de reinventar o espaço –comprou barcos quebrados e construiu uma espécie de vila. Enquanto isso, um jardim com ervas de filtragem de poluentes foi plantado e está sendo monitorado por esses profissionais em locais estratégicos de drenagem. A ideia é que as plantas façam passivamente o trabalho de descontaminação das águas.

Dois anos depois, com cerca de 100 artistas paisagistas, colaboradores e consultores de sustentabilidade estão trabalhando assiduamente na despoluição, o De Ceuvel foi aberto ao público. Um calçadão serpenteia os jardins de filtragem, que são monitorados por cientistas ambientais da Universidade de Ghent.

Embora a poluição ainda persista, especialistas afirmam que apenas 10 anos não são necessários para a completa despoluição do De Cuevel. Consultores de sustentabilidade estimam pelo menos três décadas para que o jardim limpe completamente o espaço.