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Afegã se vestiu de menino para estudar e hoje ajuda mais garotas

A afegã Shabana Basij-Rasikh, de 28 anos, tinha apenas 6 quando o Talibã proibiu mulheres de irem para a escola, em 1996. Mas, graças a seus pais, ela se vestiu de menino para continuar frequentando as aulas durante os cinco anos que se seguiram à proibição. Hoje, é um exemplo de liderança feminina.

Shabana Basij-Rasikh se vestiu de menino para estudar e hoje ajuda outras garotas
Shabana Basij-Rasikh se vestiu de menino para estudar e hoje ajuda outras garotas

De acordo com reportagem publicada no site UOL, a escola que Basij-Rasikh frequentava era secreta e ficava em Cabul, na sala de estar de uma casa comum, onde dezenas de crianças se espremiam.

Ela se recorda que seu tipo físico favorecia o “disfarce”. “Chegávamos em casa e dizíamos que tínhamos medo, implorávamos para que não nos mandassem mais à escola”, relembra a afegã. “Não entendíamos como eles [pais] arriscavam tanto para termos educação: achávamos uma atitude até cruel.”

Shabana Basij-Rasikh se vestiu de menino para estudar e hoje ajuda outras garotas
Shabana Basij-Rasikh se vestiu de menino para estudar e hoje ajuda outras garotas

Hoje, Basij-Rasikh fala inglês fluentemente, já que, em 2004, começou a estudar a língua estrangeira –novamente, graças a seus pais. Ela finalizou o ensino médio nos Estados Unidos e fez faculdade de relações internacionais com foco no Oriente Médio e em questões de mulheres e gênero. Concluiu, ainda, um doutorado honorário na Universidade de Londres e conquistou diversos prêmios e destaques em relevantes listas internacionais.

Hoje, ela é presidente e cofundadora da Sola, uma escola no Afeganistão para formar mulheres líderes. Ela criou a escola em 2008 e quem frequenta o local não paga nada, já que o colégio é mantido por meio de doações.

A Sola tem, atualmente, 70 alunas que vivem e estudam no local. Mas o objetivo de sua fundadora é chegar a 135. “Alguns dizem que sou corajosa, uma heroína por ter criado a Sola. Mas não é nada disso: criei essa escola para me sentir melhor, sentir menos culpa”, afirma a afegã.

Leia a reportagem completa no UOL