Professor traduz obras de pensadores africanos para o português

Um professor do departamento de filosofia da UnB (Universidade de Brasília) criou um site que disponibiliza em língua portuguesa as obras de pensadores africanos. Wanderson Flor crê na relevância da filosofia africana para combater retrocessos na educação e preconceito racial.

Professor Wanderson Flor traduz obras de pensadores africanos para a língua portuguesa

De acordo com informações do site Hypeness, o professor teve o apoio de estudantes da graduação e da pós-graduação para criar o banco de dados, que está no ar desde meados de 2015. Os grupos têm sempre um número igual de alunos negros e brancos. “O trabalho de enfrentamento ao racismo é apresentado como tarefa de todas as pessoas”, diz Flor.

O site está em constante atualização e funciona como uma biblioteca on-line, onde é possível baixar gratuitamente mais de 30 obras de escritores africanos e outros 40 textos relacionados ao assunto.

Escritor e dramaturgo nigeriano Wole Soykina, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura

Ele explica que esse trabalho, além de ser parte de seu projeto de pesquisa, “tem um caráter praticamente ativista” e não conta com nenhum financiamento por parte da universidade. Segundo Flor, o estudo possibilita o acesso a muitos professores interessados no pensamento africano, que podem utilizar esses materiais nas pesquisas e na preparação de aulas de filosofia para os ensinos fundamental, médio e superior.

Obras importantes do continente ainda são pouco propagadas entre os brasileiros. Um exemplo é a produção do escritor e dramaturgo nigeriano Wole Soykina, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. Para o professor, porém, a conexão com a África é parte fundadora da nossa sociedade.

Movimento Sou Responsável

Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.

Leia a reportagem completa no Hypeness