Vetor busca trainees com potencial inovador em gestão pública
Estão abertas até 19 de setembro as inscrições para o programa de trainee da Vetor Brasil, organização sem fins lucrativos que seleciona jovens talentos para auxiliarem governos do Brasil no desenvolvimento de projetos inovadores nas áreas de educação e gestão financeira. A parceria com governos municipais e estaduais de todo o país permite que os candidatos aprovados possam trabalhar em qualquer região. A remuneração é de aproximadamente R$ 4.000.
Totalmente online, “para permitir que todos os candidatos tenham iguais chances no processo seletivo, independentemente de sua localização geográfica”, diz Joice Toyota, diretora-executiva da organização, o processo de seleção é composto por seis etapas: informações pessoais e profissionais; testes (inglês, atualidades e lógica); análise de motivação e valores; e três entrevistas: mapeamento de competências; estudo de caso e com um gestor do governo.
Para participar, não é preciso ter formação em administração pública, mas sim capacidade analítica no entendimento e na resolução de problemas, além de engajamento para fazer a diferença na área pública. “O desafio de transformar o Brasil é tão grande que não será resolvido por apenas um político bem-intencionado ou iniciativas independentes. Precisamos de uma rede de líderes comprometidos e bem formados para termos um impacto positivo no Brasil”, avalia.
De acordo com a Vetor Brasil, nos últimos três anos, a maioria dos 50 trainees selecionados foi alocada em secretarias estaduais. Foi o que aconteceu com Marcelo Fernandes Bernardino, 23 anos, que se candidatou ao programa em setembro de 2015, três meses antes de graduar-se em direito pela UFMG. Ele foi selecionado pela subsecretaria de parcerias e inovação do governo do Estado de São Paulo.
Na avaliação do trainee, a entrevista de estudo de caso foi a mais desafiadora. “É uma etapa que exige análises quantitativas e conhecimentos da realidade política”, explica Marcelo, que já tinha atuado na iniciativa privada, no Judiciário e em uma ONG. “Foram experiências muito boas, mas nenhuma delas consegue gerar o impacto que o poder Executivo pode trazer para a sociedade.”
Atuar mão na massa na gestão pública, avalia, é a oportunidade de trabalhar com algo que realmente gosta, “prestando um serviço para melhorar a vida das pessoas”. Para capacitá-lo, recebe treinamentos da Vetor Brasil. E tem planos. Daqui a cinco anos, quer fazer um MPP (Master in Public Policy) numa universidade internacional. “Conciliar experiências profissionais com estudo acadêmico intenso é essencial para a formação de qualquer pessoa.”
Por QSocial