Empresa usa impressão 3D para modelagem de órgãos humanos

Na sala de cirurgia, todo planejamento colabora com a precisão do médico e ajuda a salvar a vida do paciente. Com isso em vista, os radiologistas Bruno Aragão Rocha e Virginio Rubin Netto desenvolveram uma técnica para usar a impressão 3D na modelagem de órgãos, que podem ser estudados pelo cirurgião na avaliação de cada procedimento específico.

A 3DUX, fundada pelos radiologistas, é uma das 122 empresas incubadas atualmente no Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), maior incubadora da América Latina.

Aragão e Rubin Netto começaram a modelar os protótipos gratuitamente para seus colegas do Hospital das Clínicas de São Paulo, no final de 2012. A dupla tem equipamentos próprios e conta com a prestação de serviços de estúdios de impressão 3D para a produção de peças mais complexas e robustas. “Começamos o trabalho de forma experimental e no ano passado compramos duas máquinas”, completa Bruno Aragão.

A técnica dos radiologistas combina conhecimento médico e tecnologia para reproduzir estruturas complexas do corpo humano, desde artérias até órgãos com tumores. A impressão em três dimensões permite que os detalhes sejam reproduzidos adequadamente.

Na incubadora, os médicos irão profissionalizar a produção dos moldes, com um modelo de negócios baseado na interpretação de exames e criação de soluções personalizadas. “A medicina é cada vez mais baseada na interpretação de exames de imagem. Sabemos que a impressão 3D é uma ferramenta que irá auxiliar muito nesse trabalho”, argumenta Aragão.

De acordo com Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, a impressão digital é uma realidade que já muda mercados como o de design, arquitetura e engenharia. “O uso da área médica traz benefícios aos profissionais e ao paciente, com inovações que irão aparecer ao longo do tempo”, reflete o especialista em empreendedorismo inovador.